Não faz muito, a Silvia contou um pouco sobre o Dunnottar no post sobre os castelos de Aberdeenshire .
Ele estava no topo da minha lista de castelos para visitar (que é bem “comedida” e inclui cerca de apenas 90% dos castelos da Escócia) já há algum tempo e, agora que fui, ele passou a ocupar o topo da minha lista de castelos favoritos.
O Dunnottar é impressionante! O local, as ruínas, a natureza, o astral de todo o conjunto causam uma sensação mista de estar em um filme e estar no passado. Dá vontade de passar o dia todo por ali, andando pelos penhascos, pelas praias, explorando cada canto. O lugar é incrível mesmo, virei fã! 😍
O acesso requer disposição, pois é por um caminho íngreme de escadas, em uma espécie de ístmo entre os penhascos.
Fiz um vídeo-panorama da vista do penhasco sul (sintam a paz):
A maior parte das construções que ainda se vê são dos séculos XV e XVI, mas existem registros de um castelo, ou um forte, ali, desde o século VI. Já foi invadido por vikings, no século IX, usado como esconderijo para as Jóias da Coroação (também conhecidas como Honours of Scotland – falei delas aqui) no século XVII, e teve importância estratégica durante a Revolução Jacobita, por causa de sua localização e potencial defensivo.
Até a Mary, Queen of Scots e o William Wallace estiveram por lá. Ela, visitando – aliás, fico abismada com o fato de que essa mulher conseguiu, em poucos anos, passar por todos os lugares possíveis da Escócia (minha ídola viajante). Ele, queimando ingleses – e a capela do castelo junto, porque era ali que eles se esconderam (ah, esse Wallace….).
O castelo passou quase dois séculos completamente abandonado, até que em 1925, uma nobre rica e com consciência histórica chamada Lady Cowdray o comprou e restaurou (na medida do possível). Ele continua sendo privado, mas é aberto ao público.
Foi usado como inspiração para o castelo da Merida, do filme Brave (Valente), nas filmagens de Hamlet, com Mel Gibson em 1990, e, mais recentemente, no filme Victor Frankenstein (embora o tenham mudado bastante, deixando-o super sombrio).
Sensações: porque sempre me perguntam, mas não sei explicar. Fico meio fora de mim em locais assim. Penso em tudo que já aconteceu ali, nas histórias conhecidas e nas desconhecidas, nas pessoas, nas lutas, nas perdas, nos amores, nas vidas. No trabalho de colocar cada pedra no lugar. No tempo passando e nele ali, continuando, testemunhando. Lugares assim mexem muito comigo. E geralmente me deixam mais consciente do quanto sou pequena, do quanto a minha vida é breve, e do quanto o que realmente importa acaba sendo negligenciado na correria do dia-a-dia.
Mas, deslumbramentos e pensamentos à parte, vamos às fotos:
E, pra fechar sambando de salto 15 da cara de todos os outros castelos do mundo, esse vídeo que achei:
Narister
Lindo demais esse lugar ! Vai pra minha lista de passeios pendentes. Sabe que outro dia eu tb estava pensando em como a Mary viajava tanto ! Esteve em qase todos os pontos turísticos da Escócia. Acho que ela era uma excelente “marqueteira’. Rsrs
Anelise
Vale a pena visitar!! Mary é ídola: quero poder passear por aqui tanto quanto ela passeou!! Rs!!! Beijos!
Paloma Casali
Tenho que parar de ler seus posts hahahah quero inserir tudo no meu roteiro, que nem quando eu fico vendo o mapa da Escócia e o da Europa ahahhaha
Anelise
Siiimm!! Dá vontade de incluir tudo!!