O tema da semana, no #nossoolharcompartilhado é: “Como é ser mulher em cada país.”

A Escócia tem uma reputação merecida de ser um lugar de mulheres fortes e independentes (vide a destemida Merida, do filme da Disney). E, realmente, a história está cheia de mulheres corajosas e pioneiras, que abriram caminhos para as que vieram depois. 

A sociedade é, de forma geral, bem menos machista que em países da América Latina. Não se escuta tantas piadinhas de mal-gosto, que denigrem as mulheres, e existe uma igualdade maior nas divisões de tarefas domesticas, como cuidados com a casa e os filhos. Apesar de isso ainda recair mais sobre ombros femininos, é mais comum por aqui ver homens que limpam a casa, fazem o jantar ou cuidam em tempo integral dos filhos, enquanto a mulher trabalha, e ninguém acha isso estranho ou reprovável (o que de fato não é, mas no Brasil ainda é raro acontecer). 

Por outro lado, o chamado “pay gap” ainda é significativo (mulheres ganham, em média, 175 libras a menos, por semana, que homens), e os custos de creches estão entre os mais altos do mundo, o que faz com que muitas mães se sintam desestimuladas a trabalhar fora. Em termos de representação política, a Escócia caiu do 4º lugar em 2003 para o 27º lugar, em 2017. Mas o país é atualmente governado por uma mulher: a primeira-ministra Nicola Sturgeon (terceira foto), que foi apontada recentemente como uma das 50 mulheres mais poderosas do mundo.