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Retornar ao Brasil depois de dois anos vivendo na Escócia

Faz quase um ano que retornamos ao Brasil depois de viver dois anos em Aberdeen.

Quem gosta de mudanças ou tem espírito cigano, talvez nem se incomode… talvez até se empolgue em começar tudo de novo, talvez sinta alegria imensa em voltar para o seu país natal… entretanto, sou daquelas pessoas que não se sentem confortáveis com mudanças, aliás, devo confessar que não gosto nem um pouco…

Primeiramente, quando chegamos na Cidade de Granito, em 2015, nada foi muito fácil para mim. Foram meses de adaptação…o frio, o vento, a escuridão daquele dezembro, o alto custo de vida, a pouca grana (péssima combinação) e a solidão (não, a internet não supriu toda a minha carência) encolheram meu coração. Como sair com uma bebê na chuva? Como passar o dia inteiro em casa sem trabalhar?  Como cozinhar todos os dias todas as refeições (eu que nunca me dediquei à culinária e zero criatividade para isso)? Muitos desafios a enfrentar ao mesmo tempo… Passando o desespero inicial, me apeguei a um espírito desbravador. Me dediquei a estudar sobre um país tão antigo, tão cheio de histórias e tradições. Tanta coisa para aprender! Além disso, saí em busca de contatos de outras mães. A grande maravilha da rede é proporcionar essa conectividade e encontrar apoio. Pouco a pouco fui

Aberdeen: dicas práticas 

Resolvi aproveitar um e-mail que escrevi para um querido leitor que irá passar alguns meses com a família em Aberdeen e transformá-lo em post.

Relato como foi a nossa experiência de forma mais direta com relação a custos, mas sugiro olhar textos anteriores com relatos mais detalhados.

PS:  Orçamento apertado foi com a gente, pois viví­amos com a bolsa de estudos e algumas economias.

Moradia:  Os bairros mais afastados são mais baratos e tem  construções mais modernas. O nosso flat era muito antigo e o aquecimento era elétrico… péssima combinação…gastávamos por volta de 110 libras por mês com isso… o aquecimento a gás é, em geral, mais barato.

Perto da Rosemount, Great Western Road e Bridge of Don também são regiões interessantes. Nãs queríamos uma localização mais central e a uma distância pequena da University of Aberdeen.

Usamos o zoopla,  cityletse o  gumtree  para procurar os imóveis. As imobiliárias geralmente só fazem contrato por no mínimo 12 meses, que foi o nosso caso. Na maior parte das vezes, também exigem alguns meses de aluguel adiantados, pra quem vem de fora do país. Para perí­odos mais curtos, o melhor é procurar imóveis direto com o proprietário.

Escola Primária na Escócia: como funciona

As escolas aqui, como na maior parte do mundo, dividem-se em primária e secundária. Pela regra, as crianças entram na primeira série da escola primária (Primary 1, ou P1, pra facilitar) no ano em que completam 5 anos de idade. Antes disso, frequentam a nursery, que é a pré-escola e geralmente fica nas escolas primárias. A divisão por idade fica mais ou menos assim: (“S” corresponde à escola secundária)

Eu expliquei um pouco sobre a nursery neste post que escrevi pro Brasileiras pelo Mundo. Mas, complementando um pouco, uma das coisas que eu mais gostava na nursery, além de todo o foco no livre-brincar e no grande contato com a natureza, era a pastinha que elas preparavam com as observações. Diferentemente do Brasil,

Sendo mãe de criança pequena na Escócia – Parte 3: Com chuva ou com sol… é preciso brincar!

Considero Aberdeen uma cidade child friendly, boa para crianças. É calma, relativamente silenciosa e muito segura.

Aqui é fácil andar de carrinho pelas ruas e pelos meios de transporte, em especial nos ônibus, os quais oferecem um lugar especial para ficar com o carrinho aberto. Alguns táxis são carros grandes e também não é necessário desmontá-lo.

Se São Pedro está bem-humorado ao olhar para a Escócia, os parques são uma maravilhosa opção para os pequenos se perderem correndo e gastando energia, pois são bem cuidados, limpos e com grandes áreas verdes:

– O Seaton Park tem um jardim lindo e pode-se chegar nas margens do River Don;

Seaton Park

Sendo mãe de criança pequena na Escócia – Parte 2: Como planejar a alimentação de uma criança pequena em outro país?

Depois que eu saí de casa, com 26 anos, fui morar sozinha e assim fiquei por mais ou menos 10 anos. Eu achava chato cozinhar só para mim e também passava muito tempo no hospital, fazendo as minhas refeições por lá mesmo. Além do mais, não fui daquelas pessoas abençoadas com dotes culinários, embora eu adore ler sobre comida e experimentar novos sabores. Aliás, no meu doutorado avaliei o efeito de algumas intervenções dietéticas sobre a saúde cardiovascular, mais especificamente, do azeite de oliva e da noz pecã.

Bom, quando a Milena chegou, piscou meu sinal de alerta sobre o assunto. Contei com a ajuda da minha sogra e da tia do meu marido (que foi babá da Milena por nove meses), que tinham muita habilidade na cozinha, durante a introdução alimentar. Além de observá-las pilotando o fogão, peguei meu caderninho de receitas e fui anotando tudo, até como cozinhar a couve-flor (esse era o meu nível!). Mas quando me vi sozinha em Aberdeen, com um mundo de opções à minha frente, bloqueei. Sem contar que a Milena ficou rejeitando qualquer tipo de comida que eu oferecesse durante as primeiras duas semanas. Um pavor. Uma noite, depois que eu havia passado umas duas horas na cozinha preparando arroz, lentilha, um franguinho e cenoura cozida e ela não quis nada, fui chorar no quarto.

Buscando inspiração

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