Categoria: Cotidiano Page 7 of 13

Sobre um nome difícil no Brasil e um nome brasileiro na Escócia:

Sobre um nome difícil no Brasil e um nome brasileiro na Escócia:

Quem tem um nome menos comum sabe como é a rotina de ficar soletrando explicando. E olha que o meu nem é tão complicado assim, mas desde pequena eu aprendi a dizer que meu nome é “Anelise, tudo junto, com ’s’ e com ‘e’”. Porque, senão, escreviam Ana Eliza ou Ane Lize. Engraçado como as pessoas conseguiam entender tão errado, às vezes. Ser chamada de Denise era super comum, e um senhor do meu prédio insistia em me chamar de Melissa. 

“É Anelise, Seu Silva”, eu corrigi uma vez. 

“Ah, Nelise, entendi.” 

Dois minutos depois: “Então, Melissa, como eu tava dizendo….”. 

Segui sendo Melissa por vários anos e nunca mais corrigi o Seu Silva. Até porque, convenhamos, não é tão importante assim.

Mas, quando tive um filho, resolvi poupá-lo de ficar soletrando o tempo todo e escolhi um nome bem brasileiro: Pedro. Pronto, ninguém errava. 

Aí viemos para a Escócia.

Escoteiros no cemitério

Meu filhote começou ontem a frequentar o grupo de escoteiros do nosso pequeno vilarejo. Todos os amiguinhos estavam lá, e a atividade da noite (porque começa às 6hs, já escuro por aqui) era “stargazing”. Alguns pais estavam junto ajudando, e aproveitei pra ficar também e acompanhar essa primeira experiência dele no grupinho. Fizemos molduras de papelão que serviriam para “moldar” as estrelas certas no céu, e havia também dois telescópios. Os meninos estavam super animados, e assim que tudo ficou pronto e o chefe dos escoteiros explicou a atividade e passou as instruções, eles se juntaram em pares e seguiram alegre e desordenadamente, com lanternas, pela trilha que passa pelo lado da igreja. O destino: um cemitério que ficava logo ali, e onde estava escuro o suficiente para ver estrelas. O chefe mandou apagar as lanternas, para que os olhos se acostumassem à escuridão. Nós ali, , no escuro total, em um cemitério, e eu pensei que talvez isso seria visto como estranho no Brasil. Mas, aqui, estava a coisa mais normal do mundo.

Natal na Escócia

Queridos leitores e queridas leitoras,

Primeiro, gostaria de me desculpar pela longa ausência. Este último semestre foi bastante puxado e não consegui arranjar tempo para escrever aqui – administração de tempo não é um dos meus fortes. Mas, como “tempo a gente não arranja, a gente cria”, criei e cá estou! E justo hoje, 21 de dezembro, que acordei na escuridão do dia mais curto do ano. Começou a ficar claro lá fora a partir das 8:30 hs, e esse sol tímido, que vem se escondendo atrás de nuvens na maior parte dos dias, vai começar a se despedir a partir das 3 da tarde. Os dias são mais curtos e mais escuros, e isso causa alterações de humor em muita gente. Compreensível. Eu não me sinto tão afetada assim, mas percebo uma moleza maior, sinto mais sono, e às vezes olho pra esse céu sempre cinza – que aprendi a gostar desde meus tempos em Seattle – e tento lembrar daquela cor azul intensa que ele tinha no verão. Minha mãe, que estava aqui no inverno passado, tinha apenas uma reclamação: “o sol começa a se pôr e vai batendo aquela fome de final de tarde, mas aí a gente olha o relógio e ainda são 3:30!” Ela está certa. O chá da tarde começa a parecer tarde demais, parece que esse jogo de luz e escuridão engana até o estômago, e aí haja disciplina pra não se jogar em comidas quentinhas dessa época.

Enfim, foi pra falar justamente desta época que apareci por aqui, pra contar como é o Natal na Escócia.

Retornar ao Brasil depois de dois anos vivendo na Escócia

Faz quase um ano que retornamos ao Brasil depois de viver dois anos em Aberdeen.

Quem gosta de mudanças ou tem espírito cigano, talvez nem se incomode… talvez até se empolgue em começar tudo de novo, talvez sinta alegria imensa em voltar para o seu país natal… entretanto, sou daquelas pessoas que não se sentem confortáveis com mudanças, aliás, devo confessar que não gosto nem um pouco…

Primeiramente, quando chegamos na Cidade de Granito, em 2015, nada foi muito fácil para mim. Foram meses de adaptação…o frio, o vento, a escuridão daquele dezembro, o alto custo de vida, a pouca grana (péssima combinação) e a solidão (não, a internet não supriu toda a minha carência) encolheram meu coração. Como sair com uma bebê na chuva? Como passar o dia inteiro em casa sem trabalhar?  Como cozinhar todos os dias todas as refeições (eu que nunca me dediquei à culinária e zero criatividade para isso)? Muitos desafios a enfrentar ao mesmo tempo… Passando o desespero inicial, me apeguei a um espírito desbravador. Me dediquei a estudar sobre um país tão antigo, tão cheio de histórias e tradições. Tanta coisa para aprender! Além disso, saí em busca de contatos de outras mães. A grande maravilha da rede é proporcionar essa conectividade e encontrar apoio. Pouco a pouco fui

Canal Di pelo mundo – vlog sobre a vida na Escócia

Eu sou a Edite (Di pra quem quiser) e moro na Escócia. Vim parar aqui, mais precisamente em Aberdeen, adivinhem o porquê? (o que será que faria alguém deixar o clima tropical do Brasil pra “se enfiar” no frio e, pior, no vento deste lugar?) – só o amor mesmo né?

Pois é, por causa de um amor, deixei minha terrinha aos 23 anos e me mudei pra cá em 2014: um Reino Unido onde os homens usam saias, cheio de castelos, princesas, rainha e cheirinho de conto de fadas – é assim que me sinto até hoje: vivendo um conto de fadas. E é no Di Pelo Mundo que eu mostro um pouquinho deste “mundo mágico” que é a Escócia (e outros lugares também “around the world”).

Entre viagens e visitas a castelos eu te convido a vir me acompanhar no meu canal. Pode começar clicando no vídeo a seguir e vir conferir um pouco da culinária escocesa, que é um tantinho curiosa quanto exótica. 

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