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Tradições de dentes de leite ao redor do mundo: da fada do dente ao “el ratoncito”.

Lembro que, antes de ter filho, eu pensava – e às vezes falava – que não deixaria meu filho acreditar em nenhuma dessas bobagens, onde já se viu, que falta de honestidade, deixar a pobre criança inocente acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, etcs, que traição à confiança que a criança tem nos pais!!…. Mas ah….. gente…. nada como a maternidade pra virar a gente pelo avesso, dar uma boa sacudida, uns tapas, e basicamente abduzir a pessoa que éramos e substituir por outra. 😂 Hoje eu sou super a favor de construir todo tipo de mundo mágico ao redor do meu filho, e ele vai sim acreditar em tudo que tiver direito e em tudo que tiver o poder de colorir ainda mais a infância dele. Então estamos 100% a bordo de todas as tradições brasileiras e, agora que estamos aqui, escocesas.

Quando eu era criança, não lembro de ouvir falar de nenhuma tradição ou superstição associada aos dentes de leite. Os filmes americanos nos apresentaram a Fada dos Dentes mas, pelo menos na minha época, a prática não havia sido importada. Aqui na Escócia, a tradição também é da Fada dos Dentes, e todos os coleguinhas da escola colocam o dentinho embaixo do travesseiro pra ganhar dinheiro da fada. Então, quando o primeiro dentinho do Pedro caiu, seguimos a regra, e no dia seguinte tinha até uma cartinha minúscula da fada, com envelopinho e tudo, pra ele.

Escoteiros no cemitério

Meu filhote começou ontem a frequentar o grupo de escoteiros do nosso pequeno vilarejo. Todos os amiguinhos estavam lá, e a atividade da noite (porque começa às 6hs, já escuro por aqui) era “stargazing”. Alguns pais estavam junto ajudando, e aproveitei pra ficar também e acompanhar essa primeira experiência dele no grupinho. Fizemos molduras de papelão que serviriam para “moldar” as estrelas certas no céu, e havia também dois telescópios. Os meninos estavam super animados, e assim que tudo ficou pronto e o chefe dos escoteiros explicou a atividade e passou as instruções, eles se juntaram em pares e seguiram alegre e desordenadamente, com lanternas, pela trilha que passa pelo lado da igreja. O destino: um cemitério que ficava logo ali, e onde estava escuro o suficiente para ver estrelas. O chefe mandou apagar as lanternas, para que os olhos se acostumassem à escuridão. Nós ali, , no escuro total, em um cemitério, e eu pensei que talvez isso seria visto como estranho no Brasil. Mas, aqui, estava a coisa mais normal do mundo.

Natal na Escócia

Queridos leitores e queridas leitoras,

Primeiro, gostaria de me desculpar pela longa ausência. Este último semestre foi bastante puxado e não consegui arranjar tempo para escrever aqui – administração de tempo não é um dos meus fortes. Mas, como “tempo a gente não arranja, a gente cria”, criei e cá estou! E justo hoje, 21 de dezembro, que acordei na escuridão do dia mais curto do ano. Começou a ficar claro lá fora a partir das 8:30 hs, e esse sol tímido, que vem se escondendo atrás de nuvens na maior parte dos dias, vai começar a se despedir a partir das 3 da tarde. Os dias são mais curtos e mais escuros, e isso causa alterações de humor em muita gente. Compreensível. Eu não me sinto tão afetada assim, mas percebo uma moleza maior, sinto mais sono, e às vezes olho pra esse céu sempre cinza – que aprendi a gostar desde meus tempos em Seattle – e tento lembrar daquela cor azul intensa que ele tinha no verão. Minha mãe, que estava aqui no inverno passado, tinha apenas uma reclamação: “o sol começa a se pôr e vai batendo aquela fome de final de tarde, mas aí a gente olha o relógio e ainda são 3:30!” Ela está certa. O chá da tarde começa a parecer tarde demais, parece que esse jogo de luz e escuridão engana até o estômago, e aí haja disciplina pra não se jogar em comidas quentinhas dessa época.

Enfim, foi pra falar justamente desta época que apareci por aqui, pra contar como é o Natal na Escócia.

Burns Night

Dia 25 de janeiro é uma data em que os escoceces aproveitam para manifestar toda a sua escocesidade inata e latente: Burns Night. Neste dia, comemora-se o aniversário do poeta Robert Burns, que é o grande bardo da nação.

Hoje é um dia em que se vê mais kilts pelas ruas do que de costume, mas o evento mais importante é a Burns Supper – um jantar tradicional que celebra a vida e a obra do Mr Burns.

Ops, figura errada… sorry!

Fireballs em Stonehaven – celebrando o fim do ano na Escócia

Antes mesmo de chegarmos na Escócia, em dezembro de 2015, já haviam me recomendado participar do Hogmanay, o Ano Novo escocês. Fiquei super empolgada na época, porém todo o encanto se perdeu, naquele ano, devido ao frio, ao vento, à chuva, à escuridão e à minha falta de intimidade de combinar tudo isso em sair à meia-noite com um bebê de um ano de vida. Resultado: às 22h do dia 31, já estávamos bem quentinhos embaixo das cobertas.

No ano seguinte, o cenário era diferente. Depois de um 2016 tenso, complicado, sofrido… porém com algumas conquistas pessoais, decidimos que precisávamos celebrar.

Nossa escolha foi um tanto ousada: os Fireballs de Stonehaven.

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