A caminhada de hoje foi pelo Roslin Glen, um vale que acompanha parte do rio Esk, ao sul de Edimburgo.
Este lugar é habitado desde pelo menos a Idade do Bronze (existem várias inscrições rupestres), e é repleto de histórias de fadas e mistérios.
Dizem que Merlin (sim, o próprio ) nasceu em uma colina aqui perto, e que existe, no vale, uma espécie de portal para o Reino das Fadas – o que é muito perigoso. Uma moradora local contou que, quando era adolescente, estava caminhando com um grupo de amigos, seguindo a trilha do rio, quando chegaram até perto de uma das cavernas e resolveram parar para descansar um pouco. Sentaram em um pedaço de grama e conversaram por um tempo, antes de fazer o caminho de volta. Quando chegaram em suas casas, encontraram policiais e suas famílias desesperadas. Embora o passeio deles tenha durado poucas horas, eles na verdade estavam desaparecidos desde o dia anterior.
No alto deste vale, fica o Castelo de Roslin (ou Rosslyn – ambas as grafias são usadas).
Este castelo, originalmente construído no século XIV, fica no alto do vale de Roslin, e perto da famosa Rosslyn Chapel – aquela capela cheia de símbolos enigmáticos que apareceu no filme “O Código Da Vinci”.
Em 1452, durante o jantar, a Lady do Castelo pediu que uma criada olhasse como estavam a sua gata e os filhotinhos. Como eles estavam embaixo da cama, a criada colocou a vela, para ver melhor e, sem querer, iniciou um incendio que destruiu o castelo. Ninguém se feriu, mas dizem que Lorde do castelo entrou em desespero por causa de sua biblioteca, que supostamente continha manuscritos secretos sobre os templários. Dizem que conseguiram salvar os tais manuscritos. Eu li essa história e entrei em desespero foi pensando na gata e nos filhotinhos. Mas me consolo acreditando que, se a Lady gostava tanto deles a ponto de pedir para a criada olhar se estavam bem, então deve ter dado um jeito de salvá-los também.
O castelo foi reconstruído e destruído várias outras vezes. Hoje, apenas uma parte dele está habitável, e funciona como hospedagem. Já falei dele também no post sobre o Ravenscraig e o Mauthe Doog,onde conto sobre a lenda do fantasma de um cachorro preto.
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