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Burke e Hare

Hoje, eu vou contar a história dos serial killers mais famosos da Escócia. Para entendê-la, é preciso antes explicar que, no século XIX, Edimburgo estava se tornando um dos maiores centros de estudos médicos da Europa. O campo da anatomia estava a todo vapor.

Cena do filme “Burke and Hare”

O problema era que, segundo a lei escocesa da época, apenas corpos de prisioneiros, suicidas e não-identificados podiam ser usados para dissecação e estudo. E esses não eram suficientes para atender a demanda. Surgiu então uma nova profissão: a dos “ressurreicionistas”, que desenterravam corpos “frescos” dos cemitérios para vendê-los ilegalmente para os professores e pesquisadores da universidade. O preço pago por corpo dependia da estação, mas variava entre 7 e 10 libras (o que, na época, era um dinheirão!). 

Lochleven Castle: a “prisão entediante” da rainha Mary

Junho de 1567. Aos 24 anos de idade, a rainha da Escócia, Mary Stuart, também conhecida como Mary, Queen of Scots,é colocada em um barco e levada como prisioneira até um castelo isolado em uma ilha do Loch Leven. Ela já havia estado ali antes mas como convidada de honra. Desta vez, o lorde do castelo, Sir William Douglas, estava menos amigável.

Católica, em um país que rapidamente se tornava protestante, Mary não havia conseguido conquistar a lealdade dos nobres protestantes. Uma série de desventuras históricas e pessoais fez com que seu próprio meio-irmão a capturasse e a entregasse para os seus inimigos. Para piorar as coisas, Mary estava grávida, e deixou pra trás seu filhinho James, de cerca de um ano de idade.

Fantasmas do Castelo de Edimburgo: The Lone Piper

A Escócia é um dos países mais mal assombrados do mundo. E Edimburgo é considerada a cidade mais assombrada da Escócia. Dizem que, quando se caminha pela cidade velha, nunca se está a mais de um metro de distância de um corpo enterrado. 

E o Castelo de Edimburgo, construído no topo de um vulcão extinto, é considerado o lugar mais assombrado da cidade. Escavações arqueológicas encontraram evidências de que o terreno onde hoje fica o castelo era habitado desde pelo menos 850 a.C, e inúmeras fortificações foram construídas ali. O lugar é tão antigo que antes mesmo de ser mencionado em documentos históricos, ele já estava incluído em mitos e lendas antigas. 

Um poema do século VII menciona que no local havia o “Castelo das Donzelas”, um santuário para as “Nove Donzelas”, uma das quais era Morgana le Fay, a irmã feiticeira do Rei Arthur. Foi mais ou menos nessa mesma época que a cidade de “Din Eidyn” foi tomada pelos ingleses e renomeada “Edinburgh”. 

Feira Medieval – Traquair House

Todos os anos, no sul da Escócia, acontece uma Feira Medieval nos jardins de um casarão histórico. Construída em 1107, a Traquair House já recebeu a visita de 27 reis e rainhas da Escócia, inclusive da famosa Mary, Queen of Scots. A casa é aberta a visitação, mas é também o lar da família Stuart, que vive ali desde o século XV. A propriedade é grande, com jardins, alamedas, uma cervejaria própria, um café, um espaço com animais e um labirinto, que costuma ser a grande atração.

Traquair House, vista de dentro do labirinto.

The Witches​ Well

The Witches Well. Pequena fonte em homenagem às mais de 300 pessoas (maioria mulheres) que foram estranguladas e queimadas na esplanada do castelo, nos séculos 15 e 16. 

O rosto raivoso representa as que usaram seu conhecimento excepcional para causar o mal. O rosto sereno representa as que foram mal-compreendidas e sò queriam o bem das pessoas. A serpente representa a dualidade do mal e da sabedoria. 

A fonte foi esculpida em 1894 e está na esplanada do Castelo de Edimburgo. 

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