Categoria: Curiosidades Page 12 of 18

Tradições de dentes de leite ao redor do mundo: da fada do dente ao “el ratoncito”.

Lembro que, antes de ter filho, eu pensava – e às vezes falava – que não deixaria meu filho acreditar em nenhuma dessas bobagens, onde já se viu, que falta de honestidade, deixar a pobre criança inocente acreditar em Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, etcs, que traição à confiança que a criança tem nos pais!!…. Mas ah….. gente…. nada como a maternidade pra virar a gente pelo avesso, dar uma boa sacudida, uns tapas, e basicamente abduzir a pessoa que éramos e substituir por outra. 😂 Hoje eu sou super a favor de construir todo tipo de mundo mágico ao redor do meu filho, e ele vai sim acreditar em tudo que tiver direito e em tudo que tiver o poder de colorir ainda mais a infância dele. Então estamos 100% a bordo de todas as tradições brasileiras e, agora que estamos aqui, escocesas.

Quando eu era criança, não lembro de ouvir falar de nenhuma tradição ou superstição associada aos dentes de leite. Os filmes americanos nos apresentaram a Fada dos Dentes mas, pelo menos na minha época, a prática não havia sido importada. Aqui na Escócia, a tradição também é da Fada dos Dentes, e todos os coleguinhas da escola colocam o dentinho embaixo do travesseiro pra ganhar dinheiro da fada. Então, quando o primeiro dentinho do Pedro caiu, seguimos a regra, e no dia seguinte tinha até uma cartinha minúscula da fada, com envelopinho e tudo, pra ele.

As Pedras Mágicas da Escócia

Ao contrário do que fãs da Diana Gabaldon possam acreditar, a ideia de que pedras antigas possam ser mágicas não é nada original. A autora de “Outlander” se inspirou nas várias histórias já-existentes sobre esses lugares ao escrever sobre Craig Na Dun, um círculo de pedras fictício que foi montado com pedras de isopor, na região de Perthshire, para as filmagens (já falei sobre isso neste post aqui). No livro, a mocinha Claire viaja no tempo ao tocar em uma das pedras do círculo, e volta para as Highlands do século XVIII. Lá, ela se torna um ímã de encrencas e se apaixona por um escocês que, milagrosa e ficticiamente, possuía uma aparência limpa, com todos os dentes e demais atributos que os homens daquela época dificilmente teriam. Pra quem ainda não conhece a história, e quer conferir, existe também o seriado.

Fora da ficção, relatos sobre estranhas sensações e histórias passadas em círculos e outros locais pedregosos sagrados da Escócia são documentados há séculos. Uma rica cultura de folclore e mitos existe sobre essas misteriosas pedras, tanto sobre suas origens quanto sobre os poderes que elas supostamente teriam. Seguem algumas dessas histórias:

Música escocesa: nem só de gaita de foles vibram nossos tímpanos….

A ideia de escrever este post surgiu na semana passada, depois de assistir um showzinho na escola do meu filho em que os alunos cantaram e dançaram uma seleção de músicas escocesas. Tive várias surpresas nesse show, porque havia músicas que eu conhecia mas que nem fazia ideia que eram “escocesas”, como por exemplo esta:

E esta:

E esta:

Mas tenho que admitir que, em termos de música, eu dei uma estacionada considerável no tempo. Minhas playlists são, na maioria, como um salão de festas do século XIX, cheirando a naftalina, com tipos como Édith Piaf, Vicente Celestino, Elvis e Frank Sinatra exibindo suas modernices e se sentindo radicais. Então perdoem as “guinoranças” musicais, mas se você é como eu e também não fazia ideia que essas bandas eram escocesas, toca aqui! ✋

Enfim, vamos ao nosso rápido apanhado de músicas escocesas para principiantes. Obviamente não vou conseguir ser enciclopédica neste tema tão amplo, então vou seguindo e deixando o ritmo do post ditar esta dança (ahá! Trocadilhos musicais: temos!).

Escoteiros no cemitério

Meu filhote começou ontem a frequentar o grupo de escoteiros do nosso pequeno vilarejo. Todos os amiguinhos estavam lá, e a atividade da noite (porque começa às 6hs, já escuro por aqui) era “stargazing”. Alguns pais estavam junto ajudando, e aproveitei pra ficar também e acompanhar essa primeira experiência dele no grupinho. Fizemos molduras de papelão que serviriam para “moldar” as estrelas certas no céu, e havia também dois telescópios. Os meninos estavam super animados, e assim que tudo ficou pronto e o chefe dos escoteiros explicou a atividade e passou as instruções, eles se juntaram em pares e seguiram alegre e desordenadamente, com lanternas, pela trilha que passa pelo lado da igreja. O destino: um cemitério que ficava logo ali, e onde estava escuro o suficiente para ver estrelas. O chefe mandou apagar as lanternas, para que os olhos se acostumassem à escuridão. Nós ali, , no escuro total, em um cemitério, e eu pensei que talvez isso seria visto como estranho no Brasil. Mas, aqui, estava a coisa mais normal do mundo.

Natal na Escócia

Queridos leitores e queridas leitoras,

Primeiro, gostaria de me desculpar pela longa ausência. Este último semestre foi bastante puxado e não consegui arranjar tempo para escrever aqui – administração de tempo não é um dos meus fortes. Mas, como “tempo a gente não arranja, a gente cria”, criei e cá estou! E justo hoje, 21 de dezembro, que acordei na escuridão do dia mais curto do ano. Começou a ficar claro lá fora a partir das 8:30 hs, e esse sol tímido, que vem se escondendo atrás de nuvens na maior parte dos dias, vai começar a se despedir a partir das 3 da tarde. Os dias são mais curtos e mais escuros, e isso causa alterações de humor em muita gente. Compreensível. Eu não me sinto tão afetada assim, mas percebo uma moleza maior, sinto mais sono, e às vezes olho pra esse céu sempre cinza – que aprendi a gostar desde meus tempos em Seattle – e tento lembrar daquela cor azul intensa que ele tinha no verão. Minha mãe, que estava aqui no inverno passado, tinha apenas uma reclamação: “o sol começa a se pôr e vai batendo aquela fome de final de tarde, mas aí a gente olha o relógio e ainda são 3:30!” Ela está certa. O chá da tarde começa a parecer tarde demais, parece que esse jogo de luz e escuridão engana até o estômago, e aí haja disciplina pra não se jogar em comidas quentinhas dessa época.

Enfim, foi pra falar justamente desta época que apareci por aqui, pra contar como é o Natal na Escócia.

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