Estivemos duas vezes em Kenmore, só na última semana. Esse pequeno vilarejo em Perthshire é um destino popular de férias e feriados, tanto pelo clima de sossego das casinhas brancas no vale, quanto pelas atividades que o lago proporciona.
O Pedro é fã desse lugar e costuma querer ficar sempre na prainha do lago.
Preciso abrir uma exceção neste blog, que é – como mesmo os menos atentos podem perceber – sobre a Escócia, para incluir uma história da vizinha Inglaterra. Mas achei que Mother Shipton merecia um post completo.
Recentemente, fizemos uma pequena viagem para a região de Yorkshire, na Inglaterra, e foi cheia de felizes surpresas (quem me acompanha lá no instagram @vidanaescocia viu bem) que foram de templos druidas a vikings, passando por poções mágicas e bruxarias. Acrescentando a este último assunto, está a Mother Shipton’s Cave, a atração turística mais antiga da Inglaterra, que recebe turistas desde 1630!!
Localizada na pequena cidade de Knaresborough – que, aliás, é uma graça!, esse lugar está cheio de coisas “mágicas” e histórias interessantes.
Dizem também que, pouco antes de sua morte, ele foi convertido ao Cristianismo, e batizado por ninguém menos que St Mungo, em uma pequena igreja do sul da Escócia. Este vitral da foto mostra essa imagem. “Kentigern” é outro nome de St Mungo, e “Myrddin” é outro nome de Merlin.
Esse já era um local considerado sagrado desde o século XVIII, quando missionários celtas construíram um monastério. No século seguinte, se tornou um centro religioso, quando as relíquias de ST Columba foram trazidas de Iona para cá. A catedral foi construída entre 1250 e 1318.
Foi destruída por duas vezes: durante a Reforma religiosa, em 1560 (a trupe do John Knox curtia sair destruindo tudo que parecesse “papista”), e durante a revolta jacobita, em 1689 (uma batalha destruiu a maior parte do vilarejo e a catedral foi queimada). Passou por várias reformas, permitindo com que, hoje em dia, parte dela funcione como a igreja local, embora a maior parte continue em ruínas.